sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O que é Homeopatia



A Homeopatia baseia-se em princípios bem fundamentados:

  • ·         LEI DOS SEMELHANTES
  • ·         EXPERIMENTAÇÃO EM HOMEM SÃO
  • ·         DOSE MÍNIMA
  • ·         MEDICAMENTO ÚNICO

Já no nome tem seu primeiro Principio básico: HOMEO = Semelhante, PATIA= doença. Semelhante a doença, ou seja, a cura da doença pelo semelhante. 
Isto significa tratar a pessoa doente com uma substância que produza em pessoas saudáveis os mesmos sintomas.

E aqui esta seu segundo Principio: Experimentação em homem são.
Samuel Hahnemann, insatisfeito com a medicina de sua época, onde os medicamentos eram empregados de uma forma aleatória, concluiu que as drogas para serem conhecidas no seu potencial medicinal, deveriam ser experimentadas em pessoas saudáveis para poder observar seus verdadeiros efeitos.

Movido pela consciência e pelo objetivo de promover curas mais suaves, rápidas e permanentes, Hahnemann decidiu experimentar as substâncias nele próprio, para conhecer assim a potencialidade curativa de cada uma.
Experimentando Quina, teve intensas febres igual a febre da malária que a quina era usada para tratar (e é até hoje). Desta forma comprovou a veracidade da LEI DOS SEMELHANTES.

A homeopatia vê os sintomas como uma reação contra a doença, e não como uma manifestação direta da doença.  A manifestação dos sintomas é uma forma do organismo se auto regular, auto equilibrar, buscar a auto cura. A homeopatia estimula esta reação do organismo, através de substâncias naturais auxiliando o organismo no seu reequilíbrio.

As substâncias medicamentosas são utilizadas em doses extremamente pequenas, através das diluições. A cada diluição estas substâncias são submetidas a um processo conhecido como dinamização (dinamis = força) que lhes dá o efeito energético a medida que vão perdendo o efeito químico.

A homeopatia é uma terapêutica energética, enquanto que a alopatia é uma terapêutica química.

Para a Homeopatia o mais importante é o doente e não a doença em si. É uma medicina individualizante e holística, onde o individuo é visto como um todo , não só em seu aspecto orgânico, mas também em suas emoções, seus medos, suas angustias, ansiedades, afetos, humores, etc., porque tudo isto é a manifestação da sua ENERGIA VITAL.
O ser vivo adoece devido ao desequilíbrio desta energia vital, por isto segundo a homeopatia , o individuo deve ser tratado como um todo indivisível e não órgãos separadamente.

Assim para buscar a cura de uma doença é preciso considerar não apenas os sintomas desta doença, mas também as particularidades do individuo atingido: como ele sofre, quais as características próprias deste sofrimento e de que forma este sofrimento transtorna a sua vida.
O médico homeopata deve então considerar todos os sintomas característicos da pessoa e selecionar um único remédio que seja o mais semelhante possível em sua patogenesia (grupo de sintomas resultado da experimentação)  com os sintomas do paciente.
Neste aspecto porém há controvérsias e é por isto que existem os homeopatas denominados UNICISTAS e os ALTERNISTAS ou PLURALISTAS.
Os primeiros procuram sempre dar um único medicamento que cubra a maioria dos sintomas do paciente, os segundos costumam dar 2, 3 ou mais medicamentos para que todos juntos , cubram todos os sintomas do paciente.
Não existe uma forma melhor ou pior, mas apenas aquela que melhor se adapta a cada médico e a cada paciente, ou ainda a cada ocasião.

O importante é ter em mente a VONTADE DE CURAR, lembrando-se sempre o que o próprio HAHNEMANN nos ensinou : CURAR É RESTABELECER A SAÚDE DE UMA MANEIRA RÁPIDA, SUAVE E PERMANENTEMENTE.

A homeopatia segue regras  muito minuciosas,  tanto na EXPERIMENTAÇÃO das substâncias, como no emprego da LEI DOS SEMELHANTES e na observação da CURA.

A cura faz o caminho inverso do processo de adoecimento. 
A Doença começa a se manifestar nas formas mais sutis; quando o desequilíbrio da energia acontece, a manifestação deste desequilíbrio começa no emocional: alterações de humor, sentimentos alterados, manifestações de medos, etc. , depois o desequilíbrio vai se manifestando em disfunções fisiológicas, por exemplo alterações menstruais, alterações do sono, alterações gástricas e intestinais (diarréia, vômito, má digestão), incômodos. 

Nesta fase a Doença ainda não tem manifestação palpável , visível.
É a fase em que o paciente sente algo que o incomoda procura um médico convencional, este faz exames que dão normais e o médico diz ao paciente: “você não tem nada”, “é coisa da sua cabeça”, “é tudo emocional”... Mas na verdade a Doença já esta ali, a medicina convencional não consegue vê-la, nem percebê-la, mas os profissionais das Práticas Integrativas por ter um outro entendimento da saúde e da doença conseguem perceber, diagnosticar e tratar.

Senão é tratada nesta fase a doença continua evoluindo, e o organismo continua a dar sinais de que as coisas não estão bem. Depois a doença começa a surgir “visivelmente” na pele e nas mucosas, (no que é mais superficial), e se não é tratada adequadamente, fica se repetindo, se repetindo...  e depois começa a se aprofundar.
E assim se vai da dermatite atópica, a rinite, a sinusite, a bronquite... Ou do impetigo a amigdalite, a otite, a pneumonia...  O médico homeopata entende  isto , não como várias doenças,  mas como manifestação do aprofundamento da Doença que em ultima instancia é o desequilíbrio da energia vital que não foi restaurado.

A cura faz o caminho inverso, portanto do mais profundo ao superficial, então a criança asmática, vai melhorando das suas crises brônquicas e volta a sinusite, a rinite  e a dermatite. O médico homeopata brinda quando a dermatite volta, ele sabe que a cura esta se concluindo... Os pacientes (ou as mães) se desesperam e ai é preciso muito cuidado, paciência , explicações, para que não se perca todo um processo de cura, e a doença volte a aprofundar.

A cura portanto, tem um sentido, do mais profundo ao mais superficial,
de dentro para fora.

Não é tão fácil assim perceber isto no acompanhamento do paciente, o médico homeopata  precisa estar sempre muito atento . As vezes o paciente melhora, os sintomas desaparecem o paciente se sente emocionalmente bem... Mas depois de alguns meses o paciente volta com sintomas mais profundos. Então, não esta no sentido da cura, é preciso mudar o medicamento.

A homeopatia é muitas vezes criticada e “atacada” como NÃO científica.
Mas quem fala isto não conhece nada sobre homeopatia. 
Neste texto, onde procuro resumir esta ciência-arte tão profunda, espero ter conseguido passar um pouco o quanto a homeopatia tem de método, de leis, de regras, e o quanto ela é científica sim.

Se ainda não podemos comprovar como atuam os medicamentos homeopáticos, podemos comprovar as curas que eles promovem, através de exames laboratoriais, através de raios X, etc... e principalmente através de cada estória que os pacientes de homeopatia tem para contar.



Um comentário:

  1. Boa noite Dra.

    Há uns 8 anos que venho tentando lutar contra os gases intestinais que se iniciam logo que dou a primeira garfada em comida. Fiz o teste das intolerâncias alimentares e retirei muitos alimentos da minha alimentação. Melhorei durante uns meses, mas voltou de novo. Quando começo a comer minha barriga dilata e iniciam-se os gases. Sinto mexer dentro do intestino, como se estivesse a fermentar junto das paredes do mesmo.
    Tenho hérnia do hiato e refluxo que gera ardor e dores de estômago quando passo muitas horas sem comer.
    Tudo isto é um mau estar diário. O facto de ter tantos gases leva-me a isolar há anos.
    Já experimentei homeopatia pluralista, com a qual melhorei bastante a nível da acidez, mas os gases e a distensão abdominal mantêm-se. Também já fui a um osteopata que relacionou meu intestino com as perdas de urina que eu tenho.
    Quando não posso expelir os gases por razões sociais, fico com dores de cabeça.
    Os meus arrotos também são barulhentos e não melhoro.
    Há dias em que me sinto desesperada.
    Não posso tomar nada que tenha ácido ascórbico, nem citrinos, pois faz-me dor de estômago, fico a sentir a mucosa toda irritada.
    A Dra. tem alguma sugestão que me possa ajudar?
    (encontro-me em Portugal)

    Muito obrigada
    Érica Silva

    ResponderExcluir